História

Numa sala da residência de João Balduíno e Joana, pais de Antonio e Waldecy, localizada na Rua Pindorama, Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, foi o início da Pirâmide Artes Gráficas, nome batismal da Editora Kelps, fundada em 1983.

Cartão de apresentação de Waldecy Almeida da Gráfica e Editora Pirâmide
Cartão de apresentação de Waldecy Almeida da Gráfica e Editora Pirâmide

TRAVESSIA DE GENTE GRANDE – O PRIMEIRO LIVRO PUBLICADO
Waldecy era amigo de “João Fotógrafo”, da Câmara Municipal de Goiânia e, numa conversa entre os dois, João comentou que estava fazendo o fotolito do livro do médico Ademir Hamú e sugeriu a Waldecy que produzisse o livro, cuja data de lançamento estava próxima de acontecer.


SOBRE A IMPRESSÃO DO PRIMEIRO LIVRO
Não tínhamos a mínima estrutura para produzir um livro. Mas começamos a imprimi-lo dia e noite, numa máquina automática, cuja capa foi impressa manualmente. Porém, o acabamento dele, como corte da capa, só foi conseguido, graças à boa vontade dos nossos parentes da Poligráfica, onde ele foi finalizado. Faltando menos de uma hora para o lançamento do livro ocorrer, ele foi entregue ao autor”.

Antonio Almeida
O escritor e jornalista Brasigóis Felício comentando o lançamento de estreia literária de Ademir Hamú

A Mudança da Gráfica e Editora Pirâmide de Aparecida de Goiânia para Goiânia

Depois de dois anos de funcionamento improvisado da Pirâmide na residência de seus pais, João Balduíno e Joana, vencidas várias dificuldades estruturais, em 1985, a empresa migrou de Aparecida de Goiânia para ser instalada no setor Marechal Rondon, Rua 19, Goiânia, onde ainda se encontra. O local era uma residência adquirida
pelo irmão Raymundo Barros, que fora totalmente reformada para receber não apenas uma máquina e sim todos os maquinários que já compunham a infraestrutura de produção da Pirâmide.

A Gráfica e Editora Pirâmide vira Editora Kelps

Logo que foi superada a crise que por pouco não abortaria a bela história que seria construída pela empresa, aconteceu uma reunião espontânea, na sede da Pirâmide, presentes alguns escritores, entre eles, Bariani Ortencio. Antonio comentou que os irmãos e ele estavam pensando em mudar o nome da empresa, desde que o novo nome tivesse alguma associação com seu nome batismal de Pirâmide. Foi quando Bariani falou:

– Se é para lembrar Pirâmide, então sugiro que seu nome seja Quéops, ela que é a maior das três pirâmides do planalto de Gizé, no Egito. Por ela ser a maior das pirâmides é algo bom para associar com o crescimento da empresa.

Antonio e os irmãos Waldecy, José e Ademar toparam a sugestão do escritor Bariani Ortencio.

Bariani Ortencio, o artífice mal interpretado da sugestão de mudança de nome, de “Pirâmide” para “Queóps”, que virou Kelps
Bariani Ortencio, o artífice mal interpretado da sugestão de mudança de nome, de “Pirâmide” para “Queóps”, que virou Kelps

No Meio do Caminho tinha um Contador

Quando Antonio telefonou para o contador da empresa para comunicar-lhe que a Gráfica e Editora Pirâmide mudaria de nome para Quéops, ele acabou trocando o nome correto de Quéops para Kelps. Assim, foi redigida equivocadamente a certidão batismal da maior pirâmide editorial da história de Goiás.

Edições Consorciadas da UBE-GO

Sem dúvida, o fator maior de aproximação da Editora Kelps com os escritores goianos, até se tornar a Casa do livro em Goiás, foi o projeto editorial denominado Edições Consorciadas da UBE-GO.

Não era fácil publicar livros há três, duas décadas atrás. Principalmente, quando a Editora Oriente, dos irmãos Taylor e Zezinho, considerada até então a Casa do escritor goiano tristemente havia fechado as portas na primeira metade da década de 1980. O então presidente da União Brasileira de Escritores, Seção de Goiás, o escritor Geraldo Coelho Vaz, juntamente com o seu vice-presidente, o escritor supercriativo Iúri Rincon Godinho, buscando uma forma de viabilizar edições de livros dos associados na entidade, propuseram ao Antonio Almeida a criação das Edições Consorciadas da UBE-GO.

Acertados os detalhes gráficos, como padrão de capa, número de páginas e dimensão física da obra, tratada esteticamente como uma coleção e custo da edição, a Editora Kelps viabilizou para os autores, dividindo em 10 parcelas iguais, a publicação de suas obras.

A primeira versão das Edições Consorciadas da UBE-GO teve início em 13 de maio de 1990, com a participação de 10 autores, sendo seguida por várias outras edições que atingiram aproximadamente 100 livros publicados pela Editora Kelps, nos mais diversos gêneros.

A família Kelps agradece e muito aos escritores, sobretudo, aos grandes amigos, Geraldo Coelho Vaz e Iúri Rincon Godinho por esse gesto pioneiro da nossa integração editorial com os escritores goianos e que abriu portas para que nos tornássemos próximos também de outros segmentos culturais, como as artes plásticas, música, teatro e ainda reconhecidos pela mídia.

O cartão de apresentação da Editora Kelps, formatado pelas Edições Consorciadas da UBE-GO, aliado a outra enorme série de ações da empresa, sempre acreditando na cultura produzida em Goiás e que serão tratadas nas páginas seguintes do nosso livro, possibilitou que a Kelps passasse a produzir livros para vários estados da Federação e para outros países.

Autores que participaram da primeira versão das Edições Consorciadas da UBE-GO, 1990:

  • Denise Godoy
  • Geraldo Coelho Vaz
  • Gustavo Neiva Coelho
  • Iúri Rincon Godinho
  • Lêda Selma
  • Lourdes Ramos Gayoso
  • Luiz de Aquino
  • Malu Ribeiro
  • PX Silveira
  • Ubirajara Galli

Atualmente a Editora Kelps é reconhecida como a principal casa editorial do Centro-Oeste, rompendo todas as barreiras geográficas atuando em todo o país.