Descrição
Nós, a medida que vivenciamos experiências dentro da família, na comunidade, etc, tornamos sujeitos de nossa história e de nossa identidade. Mas esse processo é dinâmico e bem infinito, pois envolve inúmeros fatos: histórico, filosófico, cultural, psicológico, político e econômico. Neste sentido, a realidade enquanto processo em movimento, sendo ou não contraditória e dialética, traz-nos um comprometimento com sua existência. Diante disto, torna-se imprescindível centrar na análise da constituição do ser humano para que se promova transformação no processo cotidiano, vivenciando ao longo da existência, no momento que buscamos a origem de nossa história, o vir a ser torna-se sujeito de nossa vida.
Foi esse vir a ser que me mostrou na estrada da vida meu amor pela cultura que está entremeada em minha alma. Cresci junto aos gritos dos peões, em meio à poeira vermelha de estrada boiadeira, sentindo o cheiro dos estrumes dos animais, o zumbido do berrante que corta o coração, o repique da sanfona, o pontilhado do violão, o ar frio nas relvas das manhãs, que com a chegada do sol e seus raios fulgurantes, as gotas de neblina escorriam pelo chão. O cheiro das flores, vivendo de tudo que passava a minha volta. Enquanto a cidade grande põe o homem a nível de matéria, nas mais diversas questões cruciais. Após a morte de meus pais, herdei seus móveis antigos passando a ter o maior amor e zelo por eles. Tornei-me colecionadora de objetos e observei o sentimento que minha alma revelava a cada contato com os idosos, com as modas e a cultura popular a qual codifica minhas raízes. Conhecendo meus poemas e minha residência, Bariani Ortencio nomeou-me Presidente do Folclore de Santo Antônio de Goiás. A casa que pertencia aos meus pais e que herdei, hoje é um museu trabalhada artisticamente por mim e as crianças, será um patrimônio histórico.
Reciclo objetos que iriam poluir a mãe natureza, transformando-os em artes. Seria herdar o dom? Minha mãe confeccionava bonecas de pano, bordava a mão, modelava potes de barro balaio, peneiras, benzia,
contava causo.Deus foi honroso comigo ao me presentear com os dons da escrita e da arte. Não tive a honra de ser mãe biológica, mas sinto que a arte e a poesia são os filhos que me completam.
Não é necessário falar de minha poesia, ela se apresenta neste livro. Além de escritora, estou voando nas asas das novas experiências cinematográficas e nas artes cênicas a convite dos dramaturgos e produtores de cinema: Erivaldo Nery e Leonardo Teixeira, em parceria com a PUC-GO, na pessoa do professor Dr. Altair Sales Barbosa. Adquiri experiência cinematográfica fazendo curso com a atriz da Globo Samara Felipo e o autor Eriberto Leão. Meus livros estão na Europa, na França desde 2014 e futuramente estará em Cancun. No Congresso Internacional de Literatura e Cultura realizado pela PUC-GO em 2016 foram
apresentado mil livros para classificação, meu livro com segunda edição “Fragmentos da Alma” alcançou o quinto lugar. Participei como atriz no filme Engenho de Almas dirigido pelo Cineasta Aldene José, inspirado no livro Poeira Vermelha do escritor Leonardo Teixera, sou roteirista dos filmes: A Lenda do Padre Francisco e Para que Tantos Dentes na Boca se não tem o que Comer? Fui convidada a trabalhar com o cineasta Clery Cunha em SP, considerado o pai do cinema espírita, o qual encantou-se com meus poemas.
Não programo meu futuro, mas encontro nas energias cósmicas do universo, o arcabouço de conhecimento que preciso para viver e suprir minha alma, dentro dos planos de Deus. Creia num amanhã melhor e doe o máximo de si!
Nazareth Cândida de Freitas
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