Descrição
A demanda por carne ovina no Brasil é crescente, entretanto o mercado interno ainda não consegue supri-la, necessitando importar de outros países. A imunocastração é uma técnica que surgiu como uma alternativa aos tradicionais métodos de castração, de forma a reduzir os prejuízos ao bem-estar animal. Ela vem sendo utilizada em bovinos e suínos, sendo ainda inexistentes os estudos acerca da espécie ovina, assim como a vacina específica. Objetivou-se avaliar as características quantitativas e qualitativas de carcaça e carne de ovinos mestiços Dorper x Santa Inês imunocastrados. Foram avaliados 16 ovinos machos mestiços Dorper x Santa Inês, sendo 8 animais imunocastrados com a vacina para bovinos e 8 animais não castrados, todos criados em regime de semi-confinamento.
Os animais não castrados apresentaram maiores valores de peso de carcaça quente, comprimento externo e interno de carcaça e profundidade de tórax, comparados aos imunocastrados. Os imunocastrados apresentaram menores valores de perímetro escrotal aos 60 dias após a imunocastração, menores valores de comprimento testicular direito aos 81 dias após a imunocastração e menores níveis de testosterona plasmática aos 60 dias após a imunocastração.
A imunocastração não foi eficiente na manutenção de baixos níveis de testosterona aos 81 dias após a aplicação, demonstrando, nas condições do presente estudo, que a aplicação de uma dose da vacina não apresentou efeitos sobre as características de carcaça e na qualidade da carne de ovinos, não diferindo dos animais não castrados.
Autores: Aracele Pinheiro Pales dos Santos
Raiany Soares de Paula
Klayto José Gonçalves dos Santos
Bruna Paula Alves da Silva
Diogo Alves da Costa Ferro
Rafael Alves da Costa Ferro
Vitor Alves Xavier
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