EXTENSIÓN UNIVERSITARIA EN AMÉRICA LATINA: construyendo una praxis crítica y emancipadora

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Descrição

Pela minha experiência como Pró-Reitora de extensão, por 12 anos, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, somado aos meus vários anos como presidente do FORPROEX e, também os muitos congressos que participo, defendo a concepção de extensão universitária como uma ação formativa da universidade e essa ação formativa da Universidade necessariamente tem que ser crítica. De tal forma que a universidade não pode ficar no papel de centro. A universidade deve se posicionar. Ela não precisa se posicionar nem à direita nem à esquerda, mas ela precisa se posicionar, diante de temas importantes para formar cidadãos que tenha compromisso com a sua sociedade. Dessa forma, a minha concepção de extensão universitária é de uma ação formativa crítica de cada universidade no conjunto geral da sociedade.
É preciso dizer que o Brasil e os demais países da América Latina têm uma história de colonização por portugueses e espanhóis, os quais influenciaram toda educação latina, inclusive do ensino superior, impactando o ensino, a pesquisa e a extensão. Esse impacto é muito grande, não só para constituição das nossas universidades, mas principalmente, nessa relação indissociável entre o ensino, pesquisa e extensão.
Nós temos uma visão, por parte do conjunto da sociedade, paternalista. Essa é uma herança colonial. Muitas vezes, ao chegarmos em uma comunidade, ela questiona sobre o que a universidade tem a oferecer. Esta é uma visão paternalista sobre o que a universidade tem e pode oferecer. Não percebem que todos têm muito a nos oferecer, enquanto uma mão dupla. Outro impacto é quanto a uma visão de assistência que também está vinculada ao paternalismo. Estas são heranças coloniais.
Ademais entendo que outra herança colonial que se constitui como dificuldade é a língua, que impacta inclusive a integração latino-americana. Temos uma grande ilha que fala português como Brasil, cercada por países que falam o espanhol. Isso demarca uma dificuldade de relacionamento, inclusive nos próprios projetos. Aproveito precisa considerar sua economia, política e cultura. A extensão latino-americana tem seus vários vieses como nós temos os vieses dentro do nosso próprio país.
Cada país que compõem a América Latina tem não somente a língua que os diverge, mas tantas outras singularidades. Por exemplo, o Brasil é o país que mais apresenta instituições de ensino superior públicas e gratuitas, diferentemente dos demais países que apresentam poucas instituições públicas e gratuitas. Isso significa que cada país tem a sua constituição e que, portanto, a extensão Universitária precisa ser pensada a partir da constituição do seu país. Atender as necessidades da sua sociedade é uma das tantas tarefas atribuídas às universidades. Isso significa que cada país tem o seu viés de extensão universitária. A partir dessa construção, em que a realidade de cada país está presente, é que podemos fazer uma discussão geral para construção de um conceito da extensão universitária latino-americana.
Saliento que o Brasil é o único país da América Latina a ter regulamentado a obrigatoriedade da extensão universitária na graduação. Temos uma Política Nacional de Extensão Universitária (PNEU) muito consolidada. A última versão da PNEU foi em 2012, mas é a atualíssima e serve para a população brasileira como nunca, pois é esta política que oportuniza diretrizes da extensão universitária da concepção dialógica, interprofissional, interdisciplinar, com impacto na formação dos estudantes e na transformação da sociedade.
Para o Brasil a regulamentação da inserção curricular foi uma consequência da elaboração da PNEU, a partir de uma luta das Pró-Reitorias de Extensão Universitária das instituições públicas. Quando chega ao Conselho Nacional de Educação é aprovada como Resolução, como uma verdadeira caixa de ferramentas e cada instituição foi abrindo essa caixa e escolhendo as ferramentas para utilizar. Ademais com aprovação da resolução, outra inquietação que trago é que as instituições colocaram todos os professores como responsáveis pela efetivação da inserção e, isso pode ser um grande problema. Talvez, essa seja a questão chave para o Brasil neste momento.

 

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