Descrição
O conjunto das ideias que se desenvolve nesta obra segue a direção do conhecimento/constituição humana voltado para o seu aspecto mais sistematizado, a educação, e para a sua configuração histórica formal e oficial, a escola. Desse modo, pretende-se que esta instituição possibilite uma nova relação entre homem/mundo visando à formação omnilateral com um projeto universal apoiado na filosofia da práxis, a qual leva a cabo uma relação do homem com o seu próprio ser, denominado por Gomes, Sousa e Rabelo (2015) como “genericidade alcançada pela unidade entre atividade manual e intelectual”.
Seguramente, não é possível negar a importância da educação e da escola como componentes da prática humana que podem levar à generidade, mas não é na escola que estão centrados os esforços deste nosso estudo, e sim na formação, nos limites, nas condições que são estabelecidas no trabalho e pelo trabalho em relação ao acesso ao patrimônio de conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, e generalizados por meio de sua apropriação pelos homens, o patrimônio genérico humano.
Para os contornos deste estudo, a cultura é produto de trabalho humano e componente situado numa dada sociedade em determinado tempo histórico. O patrimônio genérico humano abrange o conjunto de conhecimentos que se refere a toda a esfera da sociedade humana. A necessidade de preparar alimentos para o consumo humano levou ao saber de que o alimento deve ser preparado. E esse saber se generalizou e foi apropriado pelos homens, sendo, portanto, patrimônio genérico humano. A cultura de sociedades diferentes irá preparar de modos diferentes esse alimento a ser consumido, e como será consumido, se por talheres ou palitos ou com a própria mão. E ainda a cultura local definirá o que é alimento, como, por exemplo, a vaca, o gafanhoto ou o cachorro.
Avaliações
Não há avaliações ainda.