EDUCAÇÃO: contextos e apropriações

Descrição

Aporto-me na perspectiva freiriana, que coaduna: “Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las”
(FREIRE, 1982, p. 12). O faço para asseverar que a coletânea intitulada Educação: contextos e apropriação reúne pesquisas/pesquisadores com capacidade analítica que ultrapassa a dimensão de “consumir ideias” e alcança o processo “criá-las e recriá-las”.
Enfatizo que estudar, pesquisar, produzir e divulgar conhecimento, notadamente, no tempo presente, marcado por intensos ataques à ciência e, por extensão, à universidade e aos pesquisadores, não constitui tarefa simples. O cenário atual, marcado por uma agenda regressiva no âmbito das políticas sociais, provoca rebatimentos profundos no campo educacional. Portanto, a chegada desta coletânea configura-se como um ato de resistência.
Recorro mais uma vez a Freire (2000) para indicar que o ato de ler e de estudar e, por conseguinte, de produzir conhecimento, configuram-se como espaços de resistência. A este respeito, Freire (2000, p. 144) explicita: “Escrever e ler fazem parte, como momentos importantes, da minha luta. Coloquei
esse gosto a serviço de um certo desenho de sociedade […]. O fundamental neste gosto de que falo é saber a favor de quê e de quem ele se exerce”.

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